quarta-feira, 8 de agosto de 2012



Perto dos 400 jogos pelo Palmeiras, 



Felipão relembra trajetória

Treinador fala sobre o relacionamento com o clube, os títulos, a decepção do Mundial de 1999 e a 'vingança' em 2002, entre outros assunto


O técnico Luiz Felipe Scolari completa 400 jogos pelo Palmeiras nesta quarta-feira, contra o Botafogo, pelo Brasileirão. E para comemorar a marca, a assessoria do Verdão fez uma entrevista com o treinador para ele falar sobre o seu relacionamento com o clube e os momentos marcantes vividos no Alviverde como a conquista da Taça Libertadores de 1999, o retorno ao clube em 2010 e a Copa do Brasil deste ano, entre outros.

Confira a seguir, os principais trechos do papo do comandante, que tem 399 jogos pelo Palmeiras, com 190 vitórias, 110 empates e 99 derrotas. São duas passagens  - a atual, e uma primeira entre 1997 e 2000. No vídeo acima, a íntegra da entrevista.
Marca de 400 jogos
O que eu penso hoje é que provavelmente eu estarei entre os pouco técnicos que mais treinaram o Palmeiras. No futebol atual, com trocas constantes de técnicos, é um sinal de que existiu uma situação boa para os dois lados. 
Partida inesquecível
Não tem uma específica porque muitos jogos podem ter situações que marcaram. Uma final de Libertadores, no qual o pênalti foi para fora e fomos campeões, é marcante. Ou a situação de um jogador como o Betinho, contratado apenas para suprir uma necessidade, entra no lugar do Barcos e resolve praticamente dois jogos (finais da Copa do Brasil deste ano, contra o Coritiba), principalmente último. Detalhes assim marcam e a gente não esquece.
Palmeiras campeão da Copa do Brasil, Felipão (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Felipão festeja título da Copa do Brasil deste ano: momento marcante.
Libertadores 1999
Era um objetivo da Parmalat (ex-patrocinadora do Palmeiras) quando me contratou. Desde aquele momento já pensávamos em Libertadores. O trabalho começou logo após a vitória na Copa do Brasil (em 1998), quando tivemos a Copa Mercosul. Ali, alguns jogadores tiveram a primeira grande experiência em jogos internacionais. Serviu como uma boa base para a conquista da Libertadores. A campanha inteira foi marcada por vários detalhes. Não penso em um jogo preponderante. Todos tiveram suas facetas importantes.
Libertadores mais importante
O Grêmio já tinha sido campeão continental (com Felipão no comando, em 1995). O Palmeiras, não. A história do Palmeiras marca uma Libertadores conquistada e nós estávamos juntos. Quando ganhamos um título importante pela primeira vez por uma equipe, aquilo é história. Se você é vencedor pela segunda, terceira ou quarta vezes é porque teve um primeiro lá atrás.
Amor pelo Palmeiras
Sempre disse que tenho dois clubes no mundo. Meu clube de coração, de torcer quando eu era criança, é o Grêmio. Depois, como técnico, passei a gostar do Palmeiras, mesmo quando não estava aqui.
Derrota para Manchester (final do Mundial de 1999)
Foi uma das maiores (decepções) porque perdemos um jogo em que fomos melhores, houve lances que contestamos até hoje e tomamos um gol numa jogada que conhecíamos bem e não fomos qualificados para interromper no início. Imagina se o Palmeiras fosse campeão mundial? É uma marca muito difícil de ser igualada. Todo mundo quer ficar registrado no clube como alguém que ganhou os maiores títulos.
Vingança na Copa de 2002
Naquele jogo contra a Inglaterra (quartas de final da Copa do Mundo de 2002), estávamos eu, Murtosa (auxiliar técnico), Carlos Pracidelli (preparador de golerios), Roque Júnior, Marcos e Júnior. Todos remanescentes daquele Palmeiras que tinha perdido para o Manchester. A vitória fez com que nós nos sentíssemos realizados. Tirou um peso e sei que a torcida do Palmeiras se sentiu aliviada. O clube esteve muito bem representado na Copa.
Volta à Academia
Sempre falei que se um dia voltasse a São Paulo, a equipe seria o Palmeiras. Fiquei cinco anos e meio em Portugal (seleção portuguesa), quase um ano em Londres (Chelsea) e mais um ano no Uzbequistão. Estava na hora voltar ao Brasil. Quando recebi a proposta, pensei bastante. Sabia que o clube precisava de mim. Foi mais difícil do que eu imaginava, mas agora ganhamos a Copa do Brasil e pode ser que tudo caminhe pelos trilhos certos
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