quarta-feira, 8 de agosto de 2012



Flu sofre com penhoras e trabalha para 

não atrasar os salários de julho

Presidente tricolor confirma problema e diz que o mesmo foi gerado pelo não pagamento de INSS e Imposto de Renda nos últimos anos da gestão anterior




O Fluminense sofreu algumas penhoras fiscais durante a semana e agora corre contra o tempo para não atrasar o pagamento dos salários referentes ao mês de julho. Somado, o valor ultrapassa a casa dos R$ 20 milhões e diz respeito em grande maioria ao não pagamento do Imposto de Renda retido na fonte e à apropriação indébita do INSS dos funcionários. Procurado pelo GLOBOESPORTE.COM, o presidente Peter Siemsen confirmou o problema e explicou que o mesmo foi gerado durante 2007 e 2010, no segundo mandato da gestão anterior.
Normalmente, a diretoria tricolor quita todos os salários até o dia 5. Com o comprometimento das receitas causado pelas penhoras dos últimos dias, no entanto, o clube agora tenta buscar soluções para efetuar o pagamento até o próximo dia 10, sexta-feira. Segundo Peter, desde que a nova gestão assumiu, todos os impostos federais estão sendo recolhidos corretamente. Tanto o INSS quanto o Imposto de Renda retido na fonte são de obrigação do trabalhador, mas, por questões operacionais e por lei, o empregador retém o valor mensalmente e o repassa ao estado, o que não foi feito pelo clube no triênio citado anteriormente.
- Realmente é uma situação difícil e estávamos cientes de que em algum momento a enfretariamos. Tínhamos conhecimento do não pagamento dos impostos no período entre 2007 e 2010. São dívidas que não podem ser parceladas a não ser por uma lei. Desde que chegaram as execuções, estamos trabalhando duramente para reduzir o problema e fazer com que o clube volte a ter fluxo de caixa. Esperamos conseguir assim pagar os salários até o próximo dia 10 - resumiu o presidente do Fluminense.
Em entrevista recente , Peter já havia declarado que alguma hora o problema viria à tona e uma blitz da Receita Federal nos últimos dias acabou, enfim, determinando a penhora nos cofres tricolores. Além do INSS e do Imposto de Renda, o FTGS dos funcionários também não estava sendo recolhido no período. Esse último problema, no entanto, já foi repactuado e parcelado em 180 vezes com a Caixa Econômica Federal segundo o presidente.

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