quarta-feira, 8 de agosto de 2012


Juvenal diz que se esforçou para manter Lucas até dezembro

Jogadro disse que gostaria de deixar o São Paulo pelo menos com vaga na Libertadores antes de sair. Foto: Ricardo Matsukawa/Terra
Jogador disse que gostaria de deixar o São Paulo pelo menos com 
vaga na Libertadores antes de sair.

O anúncio da venda de Lucas por 43 milhões de euros (cerca de R$ 108,3 milhões) ao Paris Saint Germain, a maior negociação da história do futebol brasileiro, foi feito pessoalmente no CT da Barra Funda pelo vice-presidente de futebol do São Paulo, João Paulo de Jesus Lopes, e o diretor de futebol Adalberto Baptista. Mas o presidente Juvenal Juvêncio se manifestou através de carta no site oficial do clube.
No longo relato que dá detalhes como o valor exato da transação, o dirigente avisa que o São Paulo está à disposição para o seu retorno, apesar de o jogador ainda nem ter completado 20 anos e ter contrato assinado com o PSG até julho de 2017. O mandatário diz ainda que fez de tudo, e contou com a ajuda do atleta, para conseguir sua permanência até dezembro, atuando protegido por um seguro.
"Empenhei-me pessoalmente para conseguir a permanência de Lucas no São Paulo nesse período e, tão importante quanto isso, foi a vontade que o próprio jogador demonstrou em seguir no São Paulo durante a presente temporada, enfatizando, diversas vezes, seu interesse especial em ficar para 'ganhar títulos' pelo clube que o revelou, ou, no mínimo 'classificar o São Paulo para a Libertadores'", afirmou Juvenal.
Lucas foi vendido dois anos após ter sido promovido à equipe profissional, ainda como Marcelinho, apelido que tinha por sua semelhança física e ter atuado em uma escolinha de futebol do ídolo do Corinthians. Marcelinho virou Lucas em 2010 por imposição da diretoria quando se firmou na equipe. E encantou Juvenal Juvêncio desde então, mesmo sem ter chegado a nenhum título ou alguma final de campeonato.
"As portas do clube estarão sempre abertas para o seu retorno no futuro", declarou o presidente. "Nos sete anos em que Lucas permaneceu no São Paulo, pudemos acompanhar de perto e com enorme satisfação seu desenvolvimento notável em todos os aspectos, especialmente sob o ponto de vista do seu irrepreensível comportamento como cidadão, além de se notabilizar com um notável atleta de futebol".
O dirigente assegura que o meia-atacante, reserva da Seleção Brasileira que está na final dos Jogos Olímpicos de Londres, terá sucesso na França. Assim pensa o PSG, que publicou em seu site oficial que "ao assinar com um jovem talento da qualidade de Lucas já está se preparando para o futuro".
"O São Paulo deseja que Lucas tenha o mais retumbante sucesso nessa nova etapa de sua carreira que se iniciará em 2013. Mais do que isso, confia plenamente que esse sucesso se dará, uma vez que o atleta está absolutamente pronto para que isso aconteça, até para que seu êxito no futebol europeu seja mais um fato a ratificar o já reconhecido padrão de excelência do trabalho do São Paulo na formação de jogadores de futebol", gabou-se Juvenal.
"Reafirmando nossa confiança no trabalho realizado, cujos resultados já aparecem de forma inequívoca, o São Paulo tem a mais absoluta convicção de que o CFA Presidente Laudo Natel em Cotia seguirá revelando muitos e muitos outros jogadores de futebol que ali já estão sendo preparados para vestir a gloriosa camisa do Tricolor paulista e brilhar no futebol brasileiro e mundial", concluiu o presidente.



Perto dos 400 jogos pelo Palmeiras, 



Felipão relembra trajetória

Treinador fala sobre o relacionamento com o clube, os títulos, a decepção do Mundial de 1999 e a 'vingança' em 2002, entre outros assunto


O técnico Luiz Felipe Scolari completa 400 jogos pelo Palmeiras nesta quarta-feira, contra o Botafogo, pelo Brasileirão. E para comemorar a marca, a assessoria do Verdão fez uma entrevista com o treinador para ele falar sobre o seu relacionamento com o clube e os momentos marcantes vividos no Alviverde como a conquista da Taça Libertadores de 1999, o retorno ao clube em 2010 e a Copa do Brasil deste ano, entre outros.

Confira a seguir, os principais trechos do papo do comandante, que tem 399 jogos pelo Palmeiras, com 190 vitórias, 110 empates e 99 derrotas. São duas passagens  - a atual, e uma primeira entre 1997 e 2000. No vídeo acima, a íntegra da entrevista.
Marca de 400 jogos
O que eu penso hoje é que provavelmente eu estarei entre os pouco técnicos que mais treinaram o Palmeiras. No futebol atual, com trocas constantes de técnicos, é um sinal de que existiu uma situação boa para os dois lados. 
Partida inesquecível
Não tem uma específica porque muitos jogos podem ter situações que marcaram. Uma final de Libertadores, no qual o pênalti foi para fora e fomos campeões, é marcante. Ou a situação de um jogador como o Betinho, contratado apenas para suprir uma necessidade, entra no lugar do Barcos e resolve praticamente dois jogos (finais da Copa do Brasil deste ano, contra o Coritiba), principalmente último. Detalhes assim marcam e a gente não esquece.
Palmeiras campeão da Copa do Brasil, Felipão (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Felipão festeja título da Copa do Brasil deste ano: momento marcante.
Libertadores 1999
Era um objetivo da Parmalat (ex-patrocinadora do Palmeiras) quando me contratou. Desde aquele momento já pensávamos em Libertadores. O trabalho começou logo após a vitória na Copa do Brasil (em 1998), quando tivemos a Copa Mercosul. Ali, alguns jogadores tiveram a primeira grande experiência em jogos internacionais. Serviu como uma boa base para a conquista da Libertadores. A campanha inteira foi marcada por vários detalhes. Não penso em um jogo preponderante. Todos tiveram suas facetas importantes.
Libertadores mais importante
O Grêmio já tinha sido campeão continental (com Felipão no comando, em 1995). O Palmeiras, não. A história do Palmeiras marca uma Libertadores conquistada e nós estávamos juntos. Quando ganhamos um título importante pela primeira vez por uma equipe, aquilo é história. Se você é vencedor pela segunda, terceira ou quarta vezes é porque teve um primeiro lá atrás.
Amor pelo Palmeiras
Sempre disse que tenho dois clubes no mundo. Meu clube de coração, de torcer quando eu era criança, é o Grêmio. Depois, como técnico, passei a gostar do Palmeiras, mesmo quando não estava aqui.
Derrota para Manchester (final do Mundial de 1999)
Foi uma das maiores (decepções) porque perdemos um jogo em que fomos melhores, houve lances que contestamos até hoje e tomamos um gol numa jogada que conhecíamos bem e não fomos qualificados para interromper no início. Imagina se o Palmeiras fosse campeão mundial? É uma marca muito difícil de ser igualada. Todo mundo quer ficar registrado no clube como alguém que ganhou os maiores títulos.
Vingança na Copa de 2002
Naquele jogo contra a Inglaterra (quartas de final da Copa do Mundo de 2002), estávamos eu, Murtosa (auxiliar técnico), Carlos Pracidelli (preparador de golerios), Roque Júnior, Marcos e Júnior. Todos remanescentes daquele Palmeiras que tinha perdido para o Manchester. A vitória fez com que nós nos sentíssemos realizados. Tirou um peso e sei que a torcida do Palmeiras se sentiu aliviada. O clube esteve muito bem representado na Copa.
Volta à Academia
Sempre falei que se um dia voltasse a São Paulo, a equipe seria o Palmeiras. Fiquei cinco anos e meio em Portugal (seleção portuguesa), quase um ano em Londres (Chelsea) e mais um ano no Uzbequistão. Estava na hora voltar ao Brasil. Quando recebi a proposta, pensei bastante. Sabia que o clube precisava de mim. Foi mais difícil do que eu imaginava, mas agora ganhamos a Copa do Brasil e pode ser que tudo caminhe pelos trilhos certos
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Flu sofre com penhoras e trabalha para 

não atrasar os salários de julho

Presidente tricolor confirma problema e diz que o mesmo foi gerado pelo não pagamento de INSS e Imposto de Renda nos últimos anos da gestão anterior




O Fluminense sofreu algumas penhoras fiscais durante a semana e agora corre contra o tempo para não atrasar o pagamento dos salários referentes ao mês de julho. Somado, o valor ultrapassa a casa dos R$ 20 milhões e diz respeito em grande maioria ao não pagamento do Imposto de Renda retido na fonte e à apropriação indébita do INSS dos funcionários. Procurado pelo GLOBOESPORTE.COM, o presidente Peter Siemsen confirmou o problema e explicou que o mesmo foi gerado durante 2007 e 2010, no segundo mandato da gestão anterior.
Normalmente, a diretoria tricolor quita todos os salários até o dia 5. Com o comprometimento das receitas causado pelas penhoras dos últimos dias, no entanto, o clube agora tenta buscar soluções para efetuar o pagamento até o próximo dia 10, sexta-feira. Segundo Peter, desde que a nova gestão assumiu, todos os impostos federais estão sendo recolhidos corretamente. Tanto o INSS quanto o Imposto de Renda retido na fonte são de obrigação do trabalhador, mas, por questões operacionais e por lei, o empregador retém o valor mensalmente e o repassa ao estado, o que não foi feito pelo clube no triênio citado anteriormente.
- Realmente é uma situação difícil e estávamos cientes de que em algum momento a enfretariamos. Tínhamos conhecimento do não pagamento dos impostos no período entre 2007 e 2010. São dívidas que não podem ser parceladas a não ser por uma lei. Desde que chegaram as execuções, estamos trabalhando duramente para reduzir o problema e fazer com que o clube volte a ter fluxo de caixa. Esperamos conseguir assim pagar os salários até o próximo dia 10 - resumiu o presidente do Fluminense.
Em entrevista recente , Peter já havia declarado que alguma hora o problema viria à tona e uma blitz da Receita Federal nos últimos dias acabou, enfim, determinando a penhora nos cofres tricolores. Além do INSS e do Imposto de Renda, o FTGS dos funcionários também não estava sendo recolhido no período. Esse último problema, no entanto, já foi repactuado e parcelado em 180 vezes com a Caixa Econômica Federal segundo o presidente.